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7 fatos curiosos sobre o Theatro Municipal

Theatro Municipal, orgulho carioca, completa 115 anos com ótimas histórias - algumas delas, bastante polêmicas
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[Bernardo Brigagão] No último dia 14 de julho, o Theatro Municipal completou 115 anos de vida. Lar de apresentações musicais, performances artísticas inesquecíveis e polêmicas aqui e ali, o Bob trouxe algumas curiosidades sobre esse colosso da cultura carioca. Localizado no coração do Centro do Rio, o Municipal carrega consigo mais de um século de tradição e História. 

1- O Theatro Municipal foi inaugurado em 1909, durante a gestão do prefeito Pereira Passos, e custou 2% do orçamento nacional. Hoje, um gasto equivalente seria um montante colossal: R$ 15,3 bilhões. Naquela época, era a construção mais alta e luxuosa do Rio de Janeiro.

A mais antiga escola de balé clássico do país

2- Além de suas apresentações, o Theatro Municipal abriga uma escola de dança, a mais antiga do Brasil voltada para o ensino e a formação de bailarinos clássicos. Fundada em 1927 pela renomada bailarina russa Maria Olenewa, a instituição surgiu após suas visitas ao Brasil, onde se apresentou em turnês com diferentes companhias de balé nos anos de 1918 e 1921.

3- O Theatro Municipal foi palco de altos e baixos para o dramaturgo Nelson Rodrigues. Sua peça “Vestido de Noiva”, que estreou em 1943, foi um sucesso estrondoso. Contudo, em 1957, sua peça “Perdoa-me por me Traíres” foi duramente vaiada, e ele, que havia decidido estrear como ator nessa peça, nunca mais voltou a atuar.

Vaias para Nelson, Callas e Thomas

4- As vaias não pouparam apenas Nelson Rodrigues. Em 1951, a renomada soprano Maria Callas foi mal recebida durante uma apresentação da ópera “Tosca”, de Giacomo Puccini, e foi substituída pela rival Renata Tebaldi. Furiosa, Callas jogou um tinteiro na cabeça do então diretor do teatro, Barreto Pinto.

5- Em 1991, em meio a um período de dificuldades, o teatro recebeu a visita da princesa Diana. O lugar onde ela se sentaria, no balcão nobre, estava bem debaixo de uma goteira. Para evitar um vexame, os funcionários usaram dezenas de guarda-chuvas abertos entre o telhado e o forro da plateia.

6- Em 2003, outra polêmica envolveu o Theatro Municipal. O diretor Gerald Thomas, irritado com a reação negativa do público à sua versão de “Tristão e Isolda”, de Wagner, abaixou as calças e mostrou as nádegas para a plateia.

Águia: do cobre ao ouro

7- Em termos de detalhes decorativos, muito se fala dos vitrais, mosaicos e diversas obras de arte que enfeitam o Theatro Municipal. Para essa tarefa, foram chamados alguns dos artistas mais ilustres da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. A águia no topo do prédio, originalmente esculpida em cobre, foi revestida com folhas de ouro na última reforma, de 2010. 

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