O Jardim Botânico é um dos grandes orgulhos do carioca. Criado em 1808 por Dom João VI – o regente do império luso-brasileiro precisava aclimatar as plantas que trouxe de fora -, o parque de 54 hectares hoje abriga cerca de 7.500 exemplares de 2.750 espécies vegetais. Se você gosta de contato com o verde (quem não gosta?), vai curtir as dicas que preparamos:
Como entrar e se locomover
1 – A entrada é paga (cariocas têm desconto de 75%; brasileiros, de 60%; turistas do Mercosul, de 25%) e vendida online (na bilheteria só aceitam pagamento em dinheiro). Comprar antes poupa você da fila.
2 – Se você é carioca e pretende visitar o Jardim Botânico com frequência, considere participar da Associação de Amigos do JBRJ. Associados têm alguns privilégios: podem entrar por qualquer dos portões (os demais, apenas pela entrada principal, na Rua Jardim Botânico, 1008); podem estacionar lá dentro (na Rua Pacheco Leão, 1235); não precisa comprar ingresso a cada vez; pode permanecer até 18h (os demais, até 17h); tem 20% de desconto nos restaurantes e na lojinha; por fim, e não menos importante, ajuda o parque a se manter!
3 – Quem quiser pode solicitar uma visita acompanhada e informações em vários idiomas no Centro de Visitantes, onde também há exposições, eventualmente. Se você tem mobilidade reduzida, ou muita pressa, ou só preguiça mesmo, é possível contratar um passeio de carrinho elétrico. O ticket vale para grupo de até 7 pessoas e o passeio pelos principais pontos dura 1 hora. Também é possível utilizar como transporte circular, de uso coletivo, com tarifas individuais, mas precisa saltar em cada parada. Na primeira sexta-feira de cada mês, às 19h, dá para fazer o passeio noturno, com 1h30 de duração, por um preço um pouco maior. Também dá pra fazer visitas guiadas (pagas) a pé.
Animais e vegetais em destaque
4 – Dica especial para fotógrafos: no primeiro sábado de cada mês costuma acontecer um passeio de observação de aves, gratuitamente, tendo um ornitólogo como guia.
5 – A marca registrada do Jardim Botânico são suas aleias de palmeiras-reais gigantescas. Todas elas são descendentes da Palma mater, trazida da França e plantada no pelo próprio Dom João, em 1809. Teve sua primeira floração em 1829 e, a partir de então, propagou-se por todo o país – são tantas que muita gente pensa que são nativas. Em 1972, um raio fulminou a Palma mater, que na época contava 38,70m de altura. Uma placa – e uma nova palmeira – marcam seu lugar no parque.
6 – No encontro entre duas aleias centrais temos o Chafariz das Musas. Trazido da Inglaterra e originalmente instalado na Lapa, foi levado ao local em 1905. Bem em sua borda fica uma imensa sumaúma de 40 metros, “a mãe de todas as árvores” – e a preferida do maestro Tom Jobim, que vivia por lá. Segundo os pesquisadores do parque, esta sumaúma, sozinha, acumula 12 toneladas de carbono.
7 – A maior de todas as gigantes, porém, é um exemplar de mogno africano, com 49,1 metros (as medições são de 2022) – 1 metro a mais que a maior das palmeiras-imperiais. Isso equivale a um prédio de 16 andares.
8 – Não deixe de visitar o Lago Frei Leandro para admirar as vitórias-régias que reinam por lá. Ali pertinho fica o bromeliário.
Outras atrações imperdíveis
9 – Se você está com crianças, há um parquinho para elas, com várias opções de brinquedos.
10 – Ao lado, fica o Jardim Sensorial, onde as plantas podem ser tocadas pelos visitantes. A ideia é que os deficientes visuais possam apreciar o jardim. São plantas aromáticas com diversas texturas, para que se exercite o tato e o olfato. A identificação das espécies é com placas em braile.
11 – Outras atrações também podem merecer sua atenção: o Solar da Imperatriz (associado ao engenho de açúcar que ocupava a região antigamente); o Jardim Japonês; o Orquidário; e vários outros. Não deixe de pegar o mapa na entrada do parque!