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Roteiro do Centro (Praça XV)

Conheça a Praça XV e seus arredores, local de muita história e cultura

Dividimos o Centro em três regiões, pra você conhecer sem pressa: Praça XV, Praça Mauá e Cinelândia. Mas é claro que você também pode misturar os três, selecionando pontos específicos de cada um deles, ok?

1 – A Praça XV tem este nome por causa da data da proclamação da República (15/11/1889), mas seu principal ícone é o Paço Imperial, construção inaugurada em 1743 para ser a Casa dos Governadores, mais tarde Palácio dos Vice-Reis. Com a chegada da família real portuguesa ao Rio, em 1808, virou Paço Real. Era o lugar onde Dom João VI dava expediente e os súditos beijavam sua mão. Em 1822, foi de uma das janelas do palácio que o então príncipe Dom Pedro I anunciou que ficaria no Brasil “pelo bem do povo”. Oito meses depois, declararia a Independência do Brasil (e o prédio começaria a ser chamado de Paço Imperial). O local hoje é um centro cultural, com exposições, um café e uma livraria. 

2 – Em frente ao Paço, há uma estátua equestre do general Osório (1808-1879), considerado herói da Guerra do Paraguai, de autoria do escultor mexicano Rodolfo Bernardelli, inaugurada em 1894. 

3 – Cruzando a praça, fica o Arco do Telles, construção contemporânea ao Paço. O juiz português Antônio Telles Barreto de Menezes intuiu que a construção do palácio atrairia a alta classe para perto, e resolveu empreender um casario por lá. Para não cortar a passagem  da Travessa do Mercado do Peixe (atual Travessa do Comércio) com a praça, o engenheiro José Alpoim criou o arco no meio de um dos prédios (que mais tarde seria o Senado da Câmara, equivalente da Câmara Municipal). No sobrado número 13 da Travessa do Comércio viveram, antes da fama, as cantoras Carmen e Aurora Miranda. A casa era a pensão de sua mãe.

4 – Ainda na praça, temos o chafariz do mestre Valentim (inaugurado em 1789), maior artista colonial carioca, autor também do Passeio Público. Eram ali que desembarcavam os navios, que se abasteciam de água no chafariz. Em 1857, com o aterro da Praça XV, essa função se encerrou, mas ele continuou fornecendo água à população até 1880, quando foi desativado. 

5 – Em 1907, foi inaugurado na praça o Mercado Municipal, demolido em 1962 para dar lugar à Avenida Perimetral (por sua vez, demolida em 2014). Do mercado resta apenas uma das torres, onde desde 1933 funciona o restaurante Albamar. 

6 – É também na Praça XV que se pegam as barcas para Niterói (que já tem um roteiro aqui) e Paquetá (que a qualquer momento terá).

7 – Nos arredores da Praça XV, temos ainda o Palácio Tiradentes, onde funcionou a Câmara Federal de 1926 até a transferência da capital para Brasília. Atualmente é a sede da Assembleia Legislativa. Também na Rua Primeiro de Março, logo ali no número 16, temos a primeira loja da Drogaria Granado, inaugurada em 1870 e reconhecida como “a pharmácia oficial da família imperial”. Ainda na Primeiro de Março (antiga Rua Direita), quatro construções religiosas com muita história podem merecer sua atenção: o Convento do Carmo, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, a Ordem Terceira do Carmo e a Igreja de São José. 

8 – Em direção à Avenida Presidente Vargas, mais três importantes referências da região: o Centro Cultural Banco do Brasil (inaugurado em 1906 como Associação Comercial do Rio, passou a sede do banco em 1920, sendo transformado em centro cultural em 1989); a Casa França-Brasil (antiga Praça do Comércio e, mais tarde, Alfândega), projeto de Grandjean de Montigny inaugurado em 1820, hoje também centro cultural; e o Centro Cultural Correios, em imóvel de 1922. O caminho da Praça XV até lá pode ser feito por vielas que mantêm um importante acervo de casario colonial, nas ruas do Ouvidor, do Mercado, dos Mercadores e do Rosário. 

9 – Para acessar a Praça Mauá (tema de outro roteiro do BoB), saindo da Praça XV, foi inaugurada a Orla Conde como uma das novidades para os Jogos Olímpicos de 2016. A propósito, a pira olímpica fica ali bem no início da Presidente Vargas, diante da Igreja da Candelária (outro ponto de interesse, aliás).

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